Para muitos criadores, o trabalho fixo – seja ele CLT ou PJ – é como um alicerce sólido, um ponto de partida. Ele oferece um sustento importante enquanto a transição para o empreendedorismo ainda está em construção. No entanto, para quem deseja seguir pelo caminho da criação independente, onde os projetos são suas próprias sementes, pode chegar o momento de repensar o próprio conceito de “sucesso” e entender como ele se traduz em um novo cenário onde seu nome não é seguido de um CNPJ. Na pesquisa “Creators e Negócios” 2024, descobrimos que ao menos 1/3 dos criadores brasileiros lidam com a dupla jornada e desejam, em algum momento, trabalhar só com a sua criação. Os insights a seguir podem te ajudar a passar por essa transição com menos culpa e mais planejamento.
O Brasil é um país muito diverso, mas uma característica é dominante: somos conservadores quando o assunto é dinheiro e emprego. Enquanto o trabalho formal é visto como sucesso e estabilidade, empreender recebe maus olhos como um risco e uma aventura e até a única alternativa para quem não se encaixa no mercado de trabalho. Aquele crachá pendurado no pescoço ainda transmite respeito e o reconhecimento que o empreendedorismo não te dá no curto prazo. Mas, é aqui que começa a transformação e a subversão de sucesso. Empreender é investir na construção de algo que reflita seu propósito. É como plantar uma árvore: o valor está nas raízes que você cultiva, mesmo antes dos primeiros frutos aparecerem.
Para muitos, o trabalho independente é uma oportunidade de explorar sua criatividade e definir seu próprio ritmo. Mas vale lembrar que isso não significa menos trabalho; na verdade, é sobre assumir a responsabilidade total das decisões e lidar com as incertezas financeiras. É um tipo de liberdade que, para muitos, é o verdadeiro “porquê” por trás dessa escolha. No entanto, essa autonomia significa estar pronto para fazer as próprias regras e para se comprometer com elas. Pense em uma viagem onde você é tanto o piloto quanto o planejador da rota; a flexibilidade está ali, mas a responsabilidade também.
Tem algo que aprendemos erroneamente sobre satisfação no trabalho que é precisar de alguém dizendo como, quando e para onde vai o seu progresso. Ao empreender, muitos criadores percebem que precisam encontrar satisfação em seu próprio progresso, em vez de esperar a validação externa. E para uma carreira que vive de validações, isso pode ser o ponto de partida de muitas inseguranças. Mesmo que outros não entendam a complexidade do seu trabalho, que achem que seja só postar, o valor verdadeiro está em se sentir alinhado com o que você cria.
Para quem está começando a pensar em empreender, o trabalho tradicional pode ser um ponto de apoio importante, algo que permite construir um alicerce financeiro enquanto as bases para a criação são preparadas. Mas, quando sentir que está pronto para essa mudança, lembre-se de que o sucesso é algo que você redefine a cada etapa da sua trajetória. O que importa é que o caminho seja seu, feito de escolhas que representam quem você realmente quer ser e o que você quer deixar como legado.
Baixe a pesquisa completa AQUI.